Bolsonaro avalia opções da direita para 2026 enquanto tenta reverter inelegibilidade

Bolsonaro avalia opções da direita para 2026 enquanto tenta reverter inelegibilidade

Data de Publicação: 23 de janeiro de 2025 21:31:00 Bolsonaro analisa nomes da direita para 2026, incluindo Michelle, Flávio, Eduardo e aliados como Tarcísio e Ratinho Jr., enquanto tenta manter sua influência política apesar da inelegibilidade.

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Após ser declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jair Bolsonaro (PL) enfrenta o desafio de se manter relevante na política brasileira enquanto busca um sucessor para a direita.

Em entrevista à CNN Brasil, ele afirmou que tentará reverter sua condenação "até os 48 minutos do segundo tempo", mas já começou a traçar cenários para 2026, analisando nomes que possam liderar sua base eleitoral.

Entre opções familiares, aliados e novos nomes no campo conservador, Bolsonaro mostra preferências e dúvidas, deixando claro que a escolha de um sucessor será estratégica para manter sua influência.

As Opções na Visão de Bolsonaro

Michelle Bolsonaro – A aposta caseira

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é considerada uma figura promissora. Recentemente em visita aos EUA, sua popularidade foi reforçada, com pesquisas já apontando uma margem competitiva em relação a Lula. No entanto, Bolsonaro condiciona seu apoio a uma aliança: "Ela seria um bom nome, mas me colocando como ministro da Casa Civil".

Flávio e Eduardo Bolsonaro – Continuidade dinástica

Os filhos de Bolsonaro também aparecem como potenciais sucessores.

  • Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro, é descrito como um "excelente articulador, experiente e preparado". Bolsonaro ressalta sua habilidade política e diz que ele é "um baita de um nome".
  • Eduardo Bolsonaro, deputado federal por São Paulo, é valorizado por sua maturidade e "vasto conhecimento, inclusive internacional", sendo mais um nome dentro do núcleo familiar.

Ratinho Jr. – O pragmático

O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), é elogiado por sua gestão eficiente e pela boa relação com Bolsonaro. "Pode ser um nome para a direita", afirmou, reforçando que se trata de um aliado de perfil técnico.

Aliados Fortes, Mas com Dúvidas

  • Tarcísio de Freitas: O governador de São Paulo é um dos nomes mais fortes no cenário conservador. Considerado um "excelente gestor", Tarcísio enfrenta dúvidas sobre sua capacidade de se conectar com o eleitorado nacional e de se consolidar como líder da direita.
  • Romeu Zema: Governador de Minas Gerais pelo partido Novo, é reconhecido como um bom administrador. No entanto, Bolsonaro observa que sua popularidade ainda está concentrada no estado mineiro, o que pode ser uma barreira para um projeto nacional.

Nomes com Resistência ou Rejeição

  • Ronaldo Caiado: Apesar de ser bem avaliado em Goiás, Bolsonaro considera que Caiado não tem alcance nacional e o classifica como uma opção limitada.
  • Pablo Marçal: O ex-presidenciável é descartado por Bolsonaro, que o chamou de "carta fora do baralho". Segundo ele, Marçal carece de autenticidade e não inspira confiança no eleitorado.
  • Gusttavo Lima: O cantor sertanejo, nome ventilado por setores da direita, é visto como um "excelente nome para o Senado". No entanto, Bolsonaro acredita que ele ainda não está maduro para disputar a presidência.

O Que Está em Jogo para Bolsonaro

As declarações de Bolsonaro mostram um esforço claro para manter sua influência no campo político, mesmo diante da inelegibilidade. Seu grupo enfrenta a pressão de consolidar um nome que consiga unificar a direita e competir com a esquerda, liderada por figuras como Lula e Fernando Haddad.

O ex-presidente também precisa lidar com tensões internas no campo conservador. Enquanto alguns aliados, como Tarcísio e Zema, conquistam apoio em suas bases, outros, como Michelle e seus filhos, carregam a marca direta do bolsonarismo, que pode ser tanto uma vantagem quanto uma limitação.

Mais do que definir um nome, Bolsonaro busca garantir que seu legado permaneça vivo na política nacional. O caminho até 2026 será marcado por disputas internas, articulações estratégicas e, possivelmente, surpresas no tabuleiro político brasileiro.

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