Governador de SC, Jorginho Mello, é acusado de racismo após fala sobre Pomerode

Governador de SC, Jorginho Mello, é acusado de racismo após fala sobre Pomerode

Data de Publicação: 16 de janeiro de 2025 16:59:00 Governador de SC, Jorginho Mello, causa polêmica ao afirmar que Pomerode “se destaca pela cor da pele das pessoas”. Vereador estuda acionar a Justiça. Saiba mais.

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Durante um evento oficial em Pomerode, cidade conhecida como a mais alemã do Brasil, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL-SC), fez uma declaração que gerou ampla repercussão e críticas. Ele afirmou que o município, cuja população é composta em sua maioria por pessoas brancas, “se destaca pela cor da pele das pessoas”.

A fala ocorreu na quarta-feira (15/1), durante a inauguração da ampliação da Subestação de Pomerode, no Vale do Itajaí, e na abertura da 40ª edição da Festa Pomerana, evento que celebra as tradições germânicas. Em sua fala, Mello destacou:

“Pomerode se destaca pela beleza turística que tem, pelas casas, pela cor da pele das pessoas, pela mistura, pelo que representa para todos nós.”

Segundo o último Censo, realizado em 2022, cerca de 80% da população de Pomerode é composta por pessoas brancas, em sua maioria descendentes de imigrantes alemães.

Reação e repercussão

A declaração foi rapidamente apontada como racista por diversos setores da sociedade. O vereador de Florianópolis, Leonel Camasão (PSOL), anunciou que estuda acionar a Justiça contra o governador, afirmando que a fala reforça estereótipos discriminatórios.

“É inadmissível que um chefe do Executivo exalte a cor da pele como algo que destaque um município. Isso precisa ser enfrentado na Justiça”, declarou o vereador.

A polêmica reacendeu o debate sobre racismo estrutural e a valorização da diversidade em Santa Catarina, estado cuja história é marcada pela colonização europeia.

Contexto

Pomerode, com aproximadamente 35 mil habitantes, é conhecida por preservar tradições germânicas, atraindo turistas para eventos culturais e históricos. Apesar da ênfase na herança europeia, críticos ressaltam a importância de se reconhecer a diversidade cultural e étnica presente no estado como um todo.

O governo de Santa Catarina ainda não se pronunciou oficialmente sobre as críticas recebidas após o evento.

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