Vereadores cobram urgência na saúde pública de Jaraguá do Sul após casos graves e longas filas

Vereadores cobram urgência na saúde pública de Jaraguá do Sul após casos graves e longas filas

Data de Publicação: 30 de abril de 2025 13:50:00 Vereadores de Jaraguá do Sul criticam a situação da saúde pública durante sessão na Câmara, destacando filas, falta de pediatras, veículos parados e até casos de mortes por demora no atendimento.

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Durante a sessão da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul desta terça-feira (29), a saúde pública foi o principal tema dos discursos na palavra livre.

Diversos parlamentares relataram situações preocupantes envolvendo filas de espera, falta de profissionais, demora em atendimentos e até mesmo fatalidades que, segundo eles, poderiam ter sido evitadas.

Vereadores usaram a palavra livre para debater os desafios enfrentados pela saúde pública em Jaraguá do Sul. Foto: Tiago Rosário (CMJS)

Pediatria e cardiologia: filas longas e falta de estrutura

O vereador Jair Pedri (PSD) trouxe à tribuna o relato de uma moradora do bairro Jaraguá Esquerdo, que está com dificuldades para conseguir atendimento pediátrico para o filho.

Segundo ele, a unidade do bairro está sem pediatra há mais de um mês, e o tempo de espera para conseguir consulta pode variar de 30 a 45 dias.

Pedri cobrou melhorias urgentes na pediatria e criticou a espera de até 45 dias por atendimento. Foto: Tiago Rosário (CMJS)

Pedri também criticou a justificativa dada por servidores da área da saúde, que afirmaram que a fila no setor privado estaria ainda maior.

Para o parlamentar, esse argumento não isenta o poder público de agir com urgência. Além disso, destacou que há quase 1.500 pacientes esperando por consulta com cardiologista, o que classificou como sinal de um sistema que está perto do colapso.

“A saúde pública não é tratada com o devido respeito”, afirmou.

Caso de morte após demora no atendimento

O presidente da Câmara, vereador Almeida (MDB), também abordou a precariedade nos atendimentos. Ele relatou o caso de um morador que sofreu um acidente de moto na Sexta-feira Santa e recebeu alta médica no mesmo dia.

No entanto, o paciente retornou ao hospital no sábado, com sintomas que poderiam indicar trombose, mas só foi submetido a exames na terça-feira (22). A cirurgia de amputação ocorreu na semana seguinte, e o homem faleceu após uma parada cardiorrespiratória.

Legenda: Almeida relatou caso de morte após demora no atendimento e pediu encaminhamentos mais ágeis. Foto: Tiago Rosário (CMJS)

Visivelmente emocionado, Almeida criticou a falta de senso de urgência em casos graves:

“Não gosto de trazer isso ao plenário, mas cansa. Dê o atendimento. Não deixe morrer.”

Ele ainda sugeriu que pacientes sejam encaminhados para outras cidades ou estados, se necessário, para acelerar os atendimentos.

Veículos parados e atendimento comprometido

Já o vereador Cani (PL) reforçou suas críticas à gestão da saúde municipal, desta vez voltando a destacar o problema com veículos destinados ao transporte de pacientes. Segundo ele, há vans paradas desde janeiro por falta de manutenção, o que estaria afetando o deslocamento de moradores que precisam de atendimento em outras cidades.

Legenda: Cani destacou problemas na frota da saúde e sugeriu negligência da gestão municipal. Foto: Tiago Rosário (CMJS)

“Tem van parada desde 21 de janeiro com problema de câmbio. Isso é dinheiro público parado, e são vidas em jogo”, afirmou.

Ele também rebateu a ideia de que as filas são consequência de desistências de pacientes:

“Será que essas desistências não estão enterradas no cemitério, por ineficiência e falta de vontade?”

A discussão demostrou a insatisfação dos vereadores com a condução da saúde pública no município e deve seguir gerando repercussões nos próximos dias, inclusive com pedidos de resposta da Secretaria de Saúde.

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