Na sessão desta terça-feira (1º), a Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul discutiu a situação dos moradores de rua e ações para minimizar o sofrimento dessa população.

O debate foi impulsionado pela votação de um projeto de lei dos vereadores Delegado Mioto (União) e Israel Cani (PL), que propõe a criação do endereço social. A medida busca facilitar o acesso dos moradores de rua a oportunidades de emprego, comunicação e reinserção social.

Cani destacou que essas pessoas podem ser divididas em dois grupos: as que fazem uso de álcool e drogas e precisam de tratamento e as que perderam o emprego ou não conseguem arcar com o custo de vida. Segundo ele, o endereço social ajudará aqueles que não conseguem receber documentos ou informar um endereço fixo em currículos.

Humanização no tratamento do problema

O vereador Jair Pedri (PSD) elogiou o projeto e reforçou a necessidade de tratar o tema com sensibilidade. “Ninguém está na rua porque quer. Ninguém acha divertido dormir ao relento ou enfrentar o frio”, afirmou. Já o vereador Osmair Gadotti (MDB) defendeu a empatia no tratamento do tema, ressaltando que a exclusão social é um problema histórico.

Audiência Pública sobre assistência social

O presidente da Câmara, Luís Fernando Almeida (MDB), informou que recebeu um documento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) solicitando uma audiência pública para discutir a assistência social no município. A reunião deverá abordar a estrutura dos CRAS, o levantamento de dados sobre a vulnerabilidade social e políticas públicas para essa população.

Prisão de foragido reforça necessidade de ações concretas

Nesta quinta-feira (4), o Delegado Mioto destacou em suas redes sociais a prisão de um foragido do presídio de Jaraguá do Sul, condenado por roubo e que estava vivendo em situação de rua. A captura ocorreu em uma ação conjunta da Polícia Civil com a assistência social do município. Durante a abordagem, o homem tentou enganar as autoridades fornecendo três nomes falsos.

Mioto ressaltou a importância de separar aqueles que precisam de assistência dos que representam perigo à sociedade. “É necessário distinguir o joio do trigo”, afirmou.

O debate na Câmara e a recente prisão reforçam a urgência de políticas públicas eficientes para lidar com a população em situação de rua, equilibrando assistência social e segurança pública.