O Festival Internacional de Música de Santa Catarina (Femusc), considerado o maior festival-escola da América Latina, iniciou sua 20ª edição com uma emocionante cerimônia no Grande Teatro da Scar, em Jaraguá do Sul, na noite de domingo (12). Milhares de pessoas, além de autoridades regionais e nacionais, prestigiaram o evento, que também foi transmitido ao vivo pelo canal do festival no YouTube.

Com uma programação que se estende até o dia 25 de janeiro, o Femusc deste ano apresenta mais de 200 espetáculos gratuitos e 750 obras executadas por músicos de 27 nacionalidades. Além das apresentações na Scar, o festival inclui um roteiro social em escolas e hospitais da região, reforçando seu compromisso com a inclusão e a educação musical.

Discursos destacam impacto cultural e social do Femusc

Durante a solenidade de abertura, o maestro Alex Klein, diretor artístico do festival, destacou a singularidade do evento. “Não há nada igual ao Femusc na América Latina. Ele é reconhecido mundialmente e tem revelado talentos que hoje integram grandes orquestras ao redor do mundo.”

Luís Hufenüssler Leigue, representante do Conselho da Scar, enfatizou o esforço coletivo que mantém o festival ativo por duas décadas. “Com um propósito claro e união, conseguimos transformar a realidade pela arte, cultura e educação. Este é o espírito jaraguaense.”

A senadora Ivete da Silveira, presente na cerimônia, lembrou o apoio que seu falecido marido, o ex-governador Luiz Henrique da Silveira, deu ao projeto em sua criação. “É emocionante ver o crescimento e o impacto que o Femusc tem hoje. Parabéns à comunidade de Jaraguá do Sul por abraçar esse festival.”

A presidente do Instituto Femusc, Monika Hufenussler Conrads, reforçou o papel transformador da educação musical. “Ao longo de 20 anos, vimos jovens músicos se destacarem e a música cumprindo seu papel de conectar pessoas.”

O prefeito Jair Franzner destacou a relevância do festival para Jaraguá do Sul. “O Femusc é uma plataforma de aprendizado e oportunidades. Ele coloca nossa cidade no mapa cultural mundial, além de impulsionar o turismo e a economia local.”

Apresentações marcantes emocionam o público

A noite de abertura trouxe momentos memoráveis, como a execução da obra espanhola “En Aranjuez con tu amor”, interpretada pelo maestro Alex Klein e a harpista Rita Costanzi. Originalmente escrita em 1939, a peça reflete os jardins do Palácio Real de Aranjuez.

Outro destaque foi a apresentação de estudantes vindos de São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Moçambique, que trouxeram ritmos africanos ao palco do Femusc, enriquecendo ainda mais a diversidade cultural do festival.

A cerimônia encerrou com um tributo à cantora Elis Regina, em homenagem aos seus 80 anos, celebrado com performances coordenadas pelo pianista Marcelo Ghelfi, responsável pelo núcleo de MPB do festival.

Sobre o Femusc 2025

Nesta edição, o Femusc retoma o Programa de Quarteto de Cordas e apresenta uma programação de ópera que inclui “Madama Butterfly”, de Puccini, e a obra “I-Juca-Pirama”, do compositor jaraguaense Ático Rubini.

Com apresentações na Scar e em espaços comunitários, o festival reafirma seu compromisso com a inclusão social e o acesso à cultura. Para informações e programação completa, acesse www.femusc.com.br.