Na manhã deste sábado (14), a Polícia Federal prendeu o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022. A prisão preventiva foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como parte do inquérito que apura um suposto plano de golpe de Estado.

Entenda o caso

Braga Netto foi detido em Copacabana, no Rio de Janeiro, e permanecerá sob custódia do Exército. Além da prisão, a PF realizou buscas na residência do general e cumpriu outros dois mandados de busca e apreensão.

De acordo com as investigações, Braga Netto é apontado como líder de um grupo que planejava uma intervenção militar, incluindo um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. A PF também revelou que indivíduos ligados ao caso estariam atrapalhando a produção de provas.

O general é um dos 37 indiciados no inquérito. Durante o governo Bolsonaro, Braga Netto foi ministro da Defesa e chefe da Casa Civil, além de ser considerado um dos principais aliados do ex-presidente, que seria o beneficiário final do golpe.

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16.ago.2021 - Walter Braga Netto, então ministro da Defesa, durante exercícios militares em Goiás / Imagem: Evaristo Sá/AFP

Defesa nega acusações

Os advogados de Braga Netto negam as acusações. Em nota divulgada na semana passada, a defesa afirmou que o general "não tratou de golpe de Estado, muito menos de planejamento para assassinar alguém".

Informações via UOL.