Santa Catarina poderá enfrentar um fenômeno duplamente preocupante nos próximos dias: além da previsão de "chuva preta" a partir de sexta-feira (13), causada pela fuligem das queimadas, há também o risco de chuva ácida.

A chegada de uma frente fria ao estado, combinada com a alta concentração de poluentes na atmosfera, pode resultar em precipitações com coloração escura e substâncias químicas nocivas.

A "chuva preta" ocorre quando partículas de poluição, como fuligem e material particulado das queimadas no centro-norte do Brasil, Bolívia e Paraguai, são absorvidas pelas gotas de chuva, escurecendo a precipitação.

Além disso, gases poluentes como óxidos de enxofre e nitrogênio podem reagir com a umidade no ar, formando chuva ácida, que tem o potencial de danificar solos, plantas, estruturas e afetar a saúde pública?

As regiões mais afetadas incluem o Oeste e o Extremo Oeste de Santa Catarina, onde a qualidade do ar já está comprometida devido à alta concentração de partículas inaláveis (MP10), com níveis entre 80 e 130 μg/m³.

A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SDC), o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiram alertas para a população sobre os riscos à saúde, como irritações respiratórias e agravos em doenças preexistentes, em razão da poluição atmosférica agravada?.

Recomendações para a População

As autoridades recomendam medidas de precaução, como:

• Evitar a exposição à chuva: A água da chuva preta ou ácida não deve ser consumida, utilizada para irrigação ou qualquer outro uso que possa implicar em contato direto.