No último domingo, um episódio de preconceito e agressão verbal gerou repercussão nas redes sociais após um desentendimento entre um vigilante e um visitante no Parque Malwee em Jaraguá do Sul.

A discussão aconteceu em torno das regras de trânsito de veículos no local, que são permitidas somente de segunda a quinta-feira, entre 11h e 17h. Durante a altercação, o visitante proferiu uma ofensa de teor preconceituoso, dizendo: “Era pra ficar lá no nordeste, passando fome”. A fala foi gravada por uma testemunha e rapidamente compartilhada nas redes sociais, causando indignação entre os internautas.

De acordo com o Código Penal Brasileiro, a prática de discriminação racial, regional ou social configura crime. O Artigo 140, § 3º do Código Penal estabelece que "a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional" é punido com pena de reclusão de 1 a 3 anos e multa. Nesse caso, a ofensa proferida pode ser enquadrada como um crime de discriminação por origem geográfica, tratando-se de um tipo de xenofobia.

A direção do Parque Malwer se manifestou imediatamente em apoio ao vigilante, informando que o agressor foi banido permanentemente do local.

Além disso, muitos usuários das redes sociais se solidarizaram com o vigilante, destacando o respeito e a cordialidade dos profissionais do parque.

Esse incidente reforça a necessidade de combater todo tipo de preconceito e discriminação, seja ela de origem racial, social ou regional.

A lei prevê punições para tais atitudes, e a sociedade deve se unir na promoção do respeito e da igualdade entre todos.