A indústria da moda é uma das principais responsáveis pelo impacto ambiental global.

Estima-se que a produção anual de vestuário ultrapasse 100 bilhões de peças, representando até 10% das emissões globais de carbono. No Brasil, cerca de 170 mil toneladas de resíduos têxteis são geradas anualmente, mas apenas 20% são recicladas, segundo dados do Sebrae.

Diante desse cenário, o upcycling tem se consolidado como uma alternativa sustentável, reaproveitando materiais e reduzindo o desperdício.

Em Santa Catarina, a SOL Paragliders, empresa referência em voo livre, voo motorizado, roupas esportivas e produtos técnicos para defesa e segurança, tem se destacado na adoção da economia circular. Desde 1999, seu programa de responsabilidade social reaproveita materiais, demonstrando que a reutilização pode beneficiar tanto o meio ambiente quanto a cultura.

Um exemplo dessa iniciativa é a parceria da SOL com o figurinista, cenógrafo e artista plástico catarinense Marcio Paloschi. Sobras de parapentes, paraquedas e asas de paramotor fornecidas pela empresa são transformadas em figurinos e cenografias para diversos projetos culturais pelo Brasil.

Figurinos sustentáveis nos palcos brasileiros

Em janeiro deste ano, materiais fornecidos pela SOL foram utilizados no Femusc - Festival de Música de Santa Catarina, o maior festival-escola da América Latina, realizado em Jaraguá do Sul. Os tecidos fizeram parte dos figurinos da ópera Madame Butterfly e do espetáculo MPB - O Grande Circo Místico, além de compor o figurino da cantora Lívia Nestrovski na apresentação de encerramento do núcleo MPB.

Figurino cantora Lívia Nestrovski FEMUSC 2025 menor | Foto: Divulgação

O processo criativo conduzido por Paloschi combina técnica e emoção na ressignificação dos materiais. "Quando soube que um paraquedas seria descartado, comecei a pensar em formas de dar um novo uso a esse material tão nobre", relata.

No caso do figurino da cantora Lívia Nestrovski, a saia foi resultado de um exercício coletivo, no qual alunos do festival escreveram trechos de músicas da MPB, unindo cenografia e narrativa artística.

Em dezembro, outro projeto transformou resíduos têxteis da SOL em figurinos para a programação natalina do Mercado Público de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Materiais reciclados foram usados na criação das vestimentas da "Mamãe Noel" e seu "Duende Ajudante", desenhadas por Paloschi.

Um paraquedas inteiro foi aproveitado para simbolizar o "pouso" da personagem no prédio histórico do Centro da capital gaúcha, onde interagia com o público e compartilhava histórias natalinas.

Figurino Natal Mercado Público Porto Alegre 2024 | Foto: Divulgação

Para 2025, a previsão é de que novas sobras de tecidos de parapente e paraquedas continuem sendo utilizadas em produções culturais, reforçando o compromisso da SOL com a sustentabilidade e a valorização da arte.

Liderança em sustentabilidade: a prática do "No Dying"

A atuação da SOL Paragliders em prol do meio ambiente não se limita ao reaproveitamento de materiais. A empresa também é pioneira global na redução do tingimento têxtil em sua linha de produção, adotando a tecnologia "No Dying - Natural".

Desde 2017, todos os parapentes da marca são fabricados com tecidos sem tingimento adicional, o que reduz significativamente o consumo de água e produtos químicos.

Segundo a empresa, essa escolha sustentável já proporcionou uma economia de cerca de 40% no uso de água durante o processo de fabricação dos tecidos.

Sobre a SOL Paragliders

Fundada em 1993 e sediada em Jaraguá do Sul (SC), a SOL Paragliders é líder no mercado nacional de parapentes e asas de paramotor, exportando seus produtos para mais de 70 países. A empresa atua em quatro segmentos: Voo Livre, Voo Motorizado, Roupas Técnicas e Projetos Técnicos Têxteis para Defesa e Segurança.

Seu parque fabril de 4,1 mil metros quadrados reflete o compromisso da marca com inovação, qualidade e segurança.

Mais informações sobre a empresa podem ser acessadas em http://solbr.net.