A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aprovou, nesta quarta-feira (27), o Projeto de Lei 510/2023, que reconhece oficialmente as benzedeiras como Patrimônio Histórico Cultural Imaterial do estado. A proposta, de autoria do deputado Padre Pedro Baldissera (PT), segue agora para sanção do governador Jorginho Mello (PL).

As benzedeiras têm um papel singular na preservação da cultura e na promoção da saúde em Santa Catarina. Suas práticas tradicionais, que incluem rituais de benzimento e cura, são amplamente reconhecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como parte das Práticas Integrativas e Complementares (PICS).

Ao longo dos anos, essas tradições vêm sendo transmitidas de geração em geração, carregando consigo um forte simbolismo de fé, conhecimento popular e cuidado com o próximo. Esse reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial reforça a importância de preservar e valorizar essas práticas que são parte essencial da identidade catarinense.

Além de evidenciar a relevância histórica e social das benzedeiras, o projeto busca fortalecer iniciativas para que essas tradições continuem vivas, contribuindo para a diversidade cultural e a memória do estado.

Tradição e memória: o exemplo de Santo Piana

Um dos ícones desse universo de práticas tradicionais em Santa Catarina é Santo Piana, curandeiro de Tangará, conhecido por sua dedicação ao benzimento e ao curandeirismo. Ele é um exemplo de como o conhecimento popular tem sido preservado e respeitado na região. Sua trajetória e trabalho são testemunhos da força dessas tradições, que, agora, recebem o reconhecimento oficial como parte do Patrimônio Histórico e Cultural do estado.

Por meio de histórias como a de Santo Piana e de tantas outras benzedeiras, reforça-se a importância de manter viva a memória e o legado cultural de Santa Catarina.