31 anos sem Ayrton Senna: a tragédia que mudou a Fórmula 1 para sempre

31 anos sem Ayrton Senna: a tragédia que mudou a Fórmula 1 para sempre

Data de Publicação: 1 de maio de 2025 12:03:00 Ayrton Senna morreu em 1º de maio de 1994 durante o GP de San Marino, em Imola. Relembre os detalhes do acidente fatal, a investigação sobre a causa da morte e o legado eterno do maior piloto da história da Fórmula 1.

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1º de maio de 1994. Essa data ficou marcada na memória dos brasileiros e de milhões de fãs de Fórmula 1 pelo mundo.

Foi nesse domingo, durante o Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, que o tricampeão mundial Ayrton Senna sofreu o acidente fatal que encerraria sua vitoriosa carreira — e daria início a uma nova era de segurança no automobilismo.

Um fim de semana trágico antes da maior perda

O fim de semana em Ímola já estava cercado de tensão. Na sexta-feira, o jovem Rubens Barrichello, pupilo de Senna, sofreu um forte acidente e precisou ser hospitalizado. No sábado, o austríaco Roland Ratzenberger morreu após bater em alta velocidade durante a classificação.

Abalado, Senna ainda conquistou a pole position e chegou a colar no carro uma bandeira austríaca — um gesto silencioso de homenagem, que ele pretendia exibir em caso de vitória. Mas o destino reservava um desfecho diferente.

Preocupações com o carro e mudanças nas regras

Para a temporada de 1994, Senna assinou com a Williams, equipe campeã no ano anterior. No entanto, novas regras proibiram tecnologias como suspensão ativa, controle de tração e freios eletrônicos — sistemas que haviam tornado os carros mais seguros e fáceis de guiar.

Senna rapidamente percebeu as dificuldades do novo modelo. Em entrevistas recuperadas no documentário Senna (2010), ele relata que o carro parecia instável e imprevisível. Nos treinos em Ímola, ele demonstrava incômodo com o equilíbrio do veículo.

A cronologia do acidente que chocou o mundo

No domingo, 1º de maio, durante a sétima volta da corrida, o carro de Senna saiu da pista na curva Tamburello, a mais veloz do circuito. A colisão contra o muro de concreto ocorreu a 211 km/h, após entrada na curva a mais de 300 km/h.

A roda dianteira direita se soltou, atingiu o capacete do piloto e causou ferimentos fatais. Mesmo com o rápido atendimento e transporte aéreo ao Hospital Maggiore, em Bolonha, Senna teve morte cerebral confirmada às 13h05 (horário de Brasília). A morte oficial aconteceu às 13h40.

Causa oficial e investigações

A principal causa do acidente, segundo as investigações, foi a quebra da coluna de direção — peça que havia sido modificada a pedido de Senna para oferecer mais conforto. A solda, feita de forma improvisada, falhou.

Apesar de acusações contra a equipe Williams e seus engenheiros, todos foram absolvidos. Em 2007, a justiça italiana confirmou que a quebra da coluna foi determinante, mas o tempo impediu punições.

Reações e consequências: luto global e reformas na F1

O Brasil mergulhou em luto. O corpo de Ayrton Senna foi velado em São Paulo por mais de três milhões de pessoas. O mundo inteiro prestou homenagens ao piloto, considerado por muitos o maior da história.

A Fórmula 1, abalada por duas mortes em um único fim de semana, reagiu com urgência. Mudanças drásticas foram implementadas: redesign de carros, revisão de circuitos e protocolos médicos mais rigorosos.

Por 21 anos, nenhuma outra morte foi registrada na categoria — até o acidente fatal de Jules Bianchi, em 2015.

O legado eterno de Ayrton Senna

Mesmo três décadas depois, a memória de Senna permanece viva. Em 2024, no 30º aniversário de sua morte, Lewis Hamilton pilotou a McLaren de 1990 antes do GP do Brasil — em homenagem a seu maior ídolo.

Felipe Massa, Gabriel Bortoleto e tantos outros pilotos brasileiros seguem inspirados pela trajetória do tricampeão.

Senna era mais que um esportista: era símbolo de garra, fé e amor ao Brasil.

Suas vitórias dominicais uniram o país em uma época de tantas dificuldades. Seu legado segue forte, eternizado na história do automobilismo e no coração dos brasileiros.


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