SC tem o terceiro maior número de pontos de risco para exploração sexual infantojuvenil, aponta PRF

SC tem o terceiro maior número de pontos de risco para exploração sexual infantojuvenil, aponta PRF

Data de Publicação: 22 de maio de 2025 19:36:00 Santa Catarina é o terceiro estado com mais pontos de risco para exploração sexual infantojuvenil em rodovias federais, segundo a PRF. Mapeamento orienta ações preventivas e operações de resgate.

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Um levantamento realizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta que Santa Catarina ocupa o terceiro lugar no ranking nacional de estados com mais pontos de risco para exploração sexual de crianças e adolescentes ao longo das rodovias federais.

O estado fica atrás apenas de Minas Gerais e Piauí.

A pesquisa identificou 1.133 pontos considerados vulneráveis, localizados em regiões estratégicas para o escoamento de cargas e conexão entre polos industriais, portuários e agrícolas.

As rodovias com maior concentração desses locais são a BR-101, com 418 pontos; a BR-282, com 327; a BR-280, com 200; e a BR-470, com 113.

Imagem: Divulgação PRF

É importante ressaltar que a presença desses pontos não confirma a existência de casos concretos de exploração sexual. Trata-se de locais onde há fatores de risco que justificam atenção redobrada e a implementação de ações preventivas.

A classificação leva em conta critérios como a movimentação de pessoas, as condições socioeconômicas da região e a existência de infraestrutura para caminhoneiros, como postos de combustível, restaurantes e áreas de descanso.

“O mapear já é um projeto no calendário operacional da Polícia Rodoviária Federal. Ele existe há mais de 20 anos e consiste em policiais circulando todas as rodovias do país e identificando locais onde pode haver o risco de exploração sexual de crianças e adolescentes.

O policial chega a um determinado local, responde a um questionário com perguntas pré-determinadas e a partir desse questionário será atribuído um nível de risco àquele local para ver se há, ou não, uma hipótese mais consistente de haver a exploração sexual”, explica Alexandre Castilho, do Núcleo de Comunicação da PRF.

Com base nesse mapeamento, a PRF intensifica a fiscalização nos locais mais críticos.

Em Santa Catarina, uma das iniciativas em andamento é a Operação Domiduca, que desde 2024 já resgatou mais de 70 vítimas e fiscalizou cerca de 1.700 pontos no estado.

Além da atuação policial, o combate à exploração sexual infantojuvenil exige a participação ativa de redes de proteção social.

Grande parte dos abusos ocorre no ambiente familiar ou entre pessoas próximas à vítima, o que dificulta a identificação e denúncia dos crimes.

Nesse contexto, escolas, unidades de saúde e centros de assistência social têm papel fundamental no acolhimento, escuta e encaminhamento dos casos às autoridades competentes.

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