Mais de 4,5 mil tentativas de golpes financeiros ocorrem por hora no Brasil
Golpistas que se passam por funcionários de banco através de ligações e mensagens lideram a lista de crimes
A cada hora, mais de 4,5 mil brasileiros são alvos de tentativas de golpes financeiros, conforme aponta uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (13) pelo Datafolha.
Os criminosos, geralmente, utilizam aplicativos de mensagens ou realizam ligações telefônicas para se passarem por funcionários de bancos, enganando suas vítimas.
Realizada entre os dias 11 e 17 de junho, a pesquisa ouviu 2.508 pessoas de todas as regiões do país. O levantamento foi encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e pelo jornal “Folha de S.Paulo”.
Além disso, cerca de 2.500 entrevistados relataram ter sido vítimas de fraudes em compras online, pagando por produtos que nunca foram entregues.
Outro dado alarmante revela que 1.680 pessoas tiveram seus celulares furtados ou roubados.
Outro ponto destacado pela pesquisa é o alto índice de subnotificação dos crimes cibernéticos. Apenas 30% dos entrevistados que foram vítimas de golpes envolvendo pix ou boletos falsos registraram uma ocorrência em delegacias.
Tentativas de golpe financeiro, especialmente via telefone e mensagens, afetam milhares de brasileiros a cada hora. |
Com base nos dados, o Datafolha estima que os golpes financeiros tenham gerado um prejuízo de R$ 25,5 bilhões em 12 meses, considerando apenas os golpes aplicados por meio de pix e boletos falsos.
Um exemplo comum é o golpe da maquininha de cartão, que vitimou 2,6% dos entrevistados. Isso representa cerca de 4,2 milhões de pessoas, com uma média de 482 casos por hora. As vítimas relataram perdas médias de R$ 1.142 ao caírem nesse tipo de fraude.
As tentativas de golpe virtual são ainda mais frequentes entre indivíduos que possuem renda entre 5 e 10 salários-mínimos, têm ensino superior e residem em municípios com mais de 500 mil habitantes.
Esse perfil também é o mais vulnerável a outras formas de crimes virtuais, como o vazamento de dados pessoais na internet, que atinge 22% das pessoas que ganham mais de dez salários-mínimos.