Santa Catarina registra 62.067 casos de violência contra mulheres, com 225 agressões diárias
Santa Catarina registrou 62.067 casos de violência contra mulheres em 2024, com média de 225 agressões diárias. Saiba como buscar ajuda e combater essa realidade.
Nesta segunda-feira, 25 de novembro, é comemorado o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, uma data criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2008 com o objetivo de conscientizar sobre a grave situação da violência de gênero ao redor do mundo.
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Em Santa Catarina, os números são alarmantes. De acordo com o Observatório de Violência contra a Mulher no estado, entre janeiro e outubro de 2024, 62.067 mulheres foram vítimas de algum tipo de violência, o que representa uma média de 225 agressões diárias, entre físicas, psicológicas e verbais.
O Observatório coleta dados da Gerência de Estatística e Análise Criminal da Secretaria de Estado da Segurança Pública e fornece informações detalhadas sobre as ocorrências, incluindo o tipo de crime, a distribuição geográfica, e o perfil das vítimas e agressores. Em 2024, o crime mais registrado foi o de ameaça, com 29.440 casos, seguido por lesões corporais, que somaram 12.892. O número de feminicídios também é alarmante, com 46 mulheres vítimas até outubro, a maioria entre 25 e 29 anos. Em 91,3% desses casos, a vítima não havia registrado boletim de ocorrência contra o agressor antes do assassinato. Em boa parte dos casos, o autor era companheiro ou marido da vítima.
Esses números refletem uma tendência constante dos últimos quatro anos, com uma média de 57 feminicídios por ano em Santa Catarina. A maioria das mulheres mortas por seus companheiros não havia formalizado queixa contra eles, e, atualmente, a maior parte dos agressores está presa.
As consequências da violência contra a mulher
A violência doméstica, conforme definição do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, além de danos morais e patrimoniais. Para aquelas que sobrevivem, as sequelas são profundas e duradouras. O Ministério da Saúde aponta que vítimas de violência doméstica têm maior propensão a desenvolver dependência de álcool e drogas, distúrbios mentais como depressão, ansiedade e fobias, além de comportamentos suicidas e problemas de autoestima.
Ferramenta de apoio
Em agosto de 2024, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) lançou o "Termômetro da Violência Doméstica", uma ferramenta destinada a ajudar mulheres a identificar sinais de abusos em seus relacionamentos. Com 22 perguntas, o questionário permite que a mulher avalie, de forma anônima, se está vivendo em um ambiente de violência doméstica. O Termômetro gera um relatório informando se o relacionamento apresenta sinais de abuso, oferecendo orientações sobre os próximos passos a serem tomados.
Como pedir ajuda
Mulheres que sofrem violência em Santa Catarina podem buscar auxílio de várias formas, incluindo o Disque 100, o número 182, o WhatsApp da Polícia Civil (48) 98844-0011 e a Delegacia Virtual (delegaciavirtual.sc.gov.br). A assistência está disponível para aquelas que buscam apoio, orientação e medidas de proteção.
Este dia serve para reforçar a luta contra a violência de gênero e lembrar que, apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito para garantir a segurança e o respeito às mulheres em Santa Catarina e em todo o mundo.

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