A movimentação de cargas nas ferrovias de Santa Catarina atingiu 6.842.869 toneladas em 2024, conforme dados da Gerência de Ferrovias da Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF), com base nas informações da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Entre os principais operadores, a Rumo Logística foi responsável pelo transporte de 3,7 milhões de toneladas, enquanto a Ferrovia Tereza Cristina transportou 3,09 milhões de toneladas.

O secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, destaca que o Governo de Santa Catarina está comprometido em otimizar o uso das ferrovias no Estado. "Atualmente, nossas malhas ferroviárias estão subutilizadas. Em períodos anteriores, já transportaram até três vezes mais carga do que atualmente. Um dos desafios que recebemos do governador Jorginho Mello é revitalizar este modal, tornando-o uma alternativa logística ainda mais eficiente para a indústria catarinense", afirmou.

Atualmente, o Estado conta com dois projetos ferroviários em desenvolvimento: o trecho de 319 quilômetros entre Chapecó e Correia Pinto, e outro de 62 quilômetros entre Navegantes e Araquari. Com investimentos de cerca de R$ 32 milhões, esses projetos têm previsão de conclusão para 2025. A SPAF também está elaborando a Lei Estadual de Ferrovias, que será enviada à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) ainda neste ano. A proposta visa conferir maior autonomia ao Estado para autorizar a concessão de novos trechos ferroviários.

Entre as principais cargas movimentadas ao longo do ano, destacam-se soja e carvão mineral, com 2,5 milhões de toneladas cada, e milho, com 1,06 milhão de toneladas. Além disso, foram transportados produtos como combustíveis (álcool, gasolina e óleo diesel), insumos agrícolas (adubo, cloreto de potássio, fosfato e ureia), e outras cargas conteinerizadas. A movimentação total nas ferrovias do país alcançou 534,9 milhões de toneladas, com Santa Catarina representando 4,4% da malha ferroviária brasileira, com 763 km de ferrovias em operação.

A revitalização e os novos projetos ferroviários buscam aumentar a competitividade logística do Estado, favorecendo a indústria e ampliando o uso das ferrovias como modal estratégico para o transporte de cargas.